ChatGPT: A inteligência artificial vai acabar com empregos? O FMI alerta sobre possíveis impactos
Desde que o ChatGPT foi lançado, muita gente começou a se perguntar: será que a inteligência artificial (IA) vai substituir o meu trabalho? De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), isso pode realmente acontecer, principalmente para quem não acompanhar as mudanças tecnológicas.
A IA já provou que consegue executar diversas tarefas, como escrever textos, com uma rapidez muito maior que a capacidade humana. O FMI estima que o avanço da IA pode impactar cerca de 40% dos empregos ao redor do mundo no futuro. No entanto, isso não significa apenas que as máquinas vão substituir trabalhadores, mas também que podem trabalhar lado a lado com eles, complementando suas atividades.
Segundo Kristalina Georgieva, diretora do FMI, estamos no início de uma revolução tecnológica que tem o potencial de aumentar a produtividade e os salários globalmente. Porém, há o risco de que a IA também substitua empregos e aumente as desigualdades.
A boa notícia para países como o Brasil é que, de acordo com o FMI, os impactos por aqui podem ser menores em comparação a economias mais desenvolvidas.
Qual será o efeito da IA nos empregos?
O avanço tecnológico sempre impactou as funções mais repetitivas nas empresas, e com a IA não seria diferente. Para o FMI, no entanto, a inteligência artificial pode afetar até mesmo empregos mais qualificados.
Nas economias mais desenvolvidas, como nos Estados Unidos e Dinamarca, até 60% dos postos de trabalho podem ser afetados pela IA, seja com a substituição de tarefas rotineiras ou com o aumento da produtividade. Mas, ao mesmo tempo que pode otimizar processos, a IA pode reduzir a necessidade de mão de obra, levando à diminuição de salários e contratações.
Já em economias emergentes, esse impacto deve ser um pouco menor, atingindo cerca de 40% dos empregos. Em países de baixa renda, a IA deve afetar aproximadamente 26% dos postos de trabalho. No entanto, esses países enfrentam o desafio de não terem infraestrutura ou mão de obra qualificada suficiente para aproveitar os benefícios da tecnologia.
Isso pode agravar a desigualdade tanto entre países quanto entre classes sociais, alertando que a adoção da IA deve ser feita de forma cuidadosa para evitar aumentar ainda mais as tensões sociais.
Quem vai se beneficiar mais com a inteligência artificial?
Segundo o FMI, a IA pode intensificar a diferença de salários, principalmente para os trabalhadores que utilizam a tecnologia para aumentar sua produtividade. Esses profissionais tendem a ver seus rendimentos crescer ainda mais, enquanto aqueles que não se adaptarem à IA podem ficar para trás.
O impacto nos salários vai depender de como a IA será integrada ao dia a dia dos trabalhadores. Se a tecnologia complementar significativamente as funções de quem já ganha mais, isso poderá gerar um aumento ainda maior nos salários desses profissionais.
“Os ganhos de produtividade nas empresas que adotam a IA devem resultar em maiores retornos de capital, o que pode beneficiar também os trabalhadores com rendimentos mais altos”, aponta o FMI.
Para Kristalina Georgieva, diretora do FMI, a IA pode ser uma aliada importante, inclusive para trabalhadores menos experientes, ajudando-os a aumentar sua produtividade mais rapidamente.
Ela também destaca que os profissionais mais jovens podem ter mais facilidade em aproveitar as oportunidades que a IA oferece, enquanto os trabalhadores mais velhos podem encontrar mais dificuldades para se adaptar às mudanças.
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