Steam agora informa claramente que vende licença de uso, não o jogo

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Games: Steam passa informar de forma clara que está vendendo uma licença de uso, e não um jogo

Recentemente, o Steam começou a alertar os usuários de que, ao comprar jogos na plataforma, na verdade estão adquirindo licenças para os produtos, e não o jogo em si. Essa mudança de comunicação vem como uma resposta a novas legislações, principalmente na Califórnia, que exigem que as empresas deixem claro que os consumidores estão comprando o direito de usar o conteúdo digital, mas não possuem o produto de forma permanente.

Isso significa que, ao comprar um jogo no Steam, o usuário obtém uma licença para acessar o conteúdo, o que pode estar sujeito a restrições, como a remoção do jogo se os servidores forem desligados, ou caso a licença seja revogada por outros motivos, como vimos em controvérsias anteriores com a Ubisoft e a Sony.

Esse esclarecimento é parte de um movimento para evitar futuras complicações legais, uma vez que a compra de conteúdo digital, especialmente em serviços de streaming e jogos online, tem gerado discussões sobre a real “propriedade” desses produtos. Daqui para frente, as compras no Steam seguirão esse modelo, com a empresa se protegendo de possíveis acusações de publicidade enganosa, destacando que o consumidor está adquirindo uma licença de uso​.

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O que isso significa na prática?

Na prática, essa mudança no Steam afeta principalmente a percepção de propriedade dos usuários. Ao deixar claro que estão comprando uma licença e não o jogo em si, o Steam reforça que os consumidores não têm controle total sobre o conteúdo digital que adquiriram.

Isso significa que:

  1. Dependência dos servidores e da plataforma: Como o usuário não possui o jogo, ele depende da disponibilidade dos servidores da Steam. Se um jogo for removido da plataforma ou seus servidores forem desativados (como aconteceu com The Crew), o acesso pode ser perdido.
  2. Restrição de uso: A licença dá o direito de usar o jogo sob certas condições estabelecidas pela Steam. Isso pode incluir limitações sobre como e onde o jogo pode ser acessado, como em diferentes dispositivos ou regiões, além de regras sobre compartilhamento.
  3. Preservação histórica: Para quem se preocupa com a preservação de jogos, essa abordagem pode ser um problema. Se a licença expirar ou o jogo for removido da plataforma, esse conteúdo pode deixar de existir, o que levanta questões sobre o legado dos jogos digitais.

Embora o usuário continue a “possuir” acesso ao jogo enquanto estiver disponível na plataforma, o controle final sobre o conteúdo ainda é da Steam. A mudança é mais uma formalidade para alinhar com as novas legislações e evitar mal-entendidos sobre a real natureza das compras digitais


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